Aesp: 2º Curso de Operações Especiais do Ceará forma 19 novos “caveiras”
15 de janeiro de 2018 - 08:32
Segundo o comandante do Policiamento Especializado da PMCE, tenente-coronel Aginaldo de Oliveira – que coordenou o curso – a capacitação teve duração de 18 semanas e foi dividida em três fases: a primeira (rústica/policial), a segunda (técnicas e estágios) e a terceira (operações). Ele explica que, nesse período, além das instruções ministradas em território cearense, os militares também passaram por treinamentos no Batalhão de Operações Ribeirinhas da Marinha do Brasil, em Belém, no Pará; nos Batalhões de Operações Especiais das Polícias Militares de Goiás e Rio de Janeiro, e também na Companhia Independente de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) da Polícia Militar do Estado do Pernambuco. Agora os militares estão aptos para aplicar com excelência as técnicas e táticas de operações especiais, em missões de alta complexidade, como resgate de reféns, desativação de artefatos explosivos, busca e captura de infratores em local de difícil acesso e operações de combate ao crime organizado.
Na ocasião, o diretor geral da Aesp, Juarez Gomes Nunes Junior, destacou a importância do curso para a tropa. “Esse é um curso que há mais de 20 anos não se repetia no Estado do Ceará, então, para qualificar companheiros nessa área, a gente precisava mandar para outros estados. Era um desejo absoluto do Comando de Policiamento Especializado fazer o Coesp, e nós dividimos esse fardo, porque esse curso é do quadro de cursos da Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará, mas foi construído há várias mãos. A parte logística ficou com a PMCE, e a Academia se mobilizou na parte pedagógica para conseguir finalizar esse curso. É visível o quanto esse conhecimento é importante para a corporação, o quanto vocês são importantes para a corporação e agora podem pulverizar esse conhecimento para engrandecer aqueles que estão nos batalhões e nas companhias”, declarou Juarez.
Ao todo, foram 1.194 horas de treinamento nas mais diversas áreas de conhecimento, com destaque para as instruções de ofidismo; salvamento aquático; inteligência policial; operações ribeirinhas; operações helitransportadas; ações antibombas e contrabombas; paraquedismo operacional; mergulho autônomo; operações aquáticas e subaquáticas; ações táticas em ambiente vertical; tiro; patrulhamento tático; abordagem de alto risco; gerenciamento de crises e negociação; montanhismo e escalada; ações táticas especiais; direção operacional off road e sobrevivência na caatinga, entre outras disciplinas que preparam os policiais para atuar em qualquer tipo de cenário.
Para o formando Cabo Roberto Silva dos Anjos, ostentar o brevê de caveira e usar o gorro preto, símbolo maior do policial de Operações Especiais, é muito mais que status, é a realização de um sonho, que vem acompanhado de muitas responsabilidades. Ele conta que está na corporação há 10 anos e há três vem se preparando para fazer este curso. “Um curso dessa magnitude, que é o curso de operações especiais, você tem que se preparar muito tecnicamente, fisicamente, principalmente e o psicológico. E o final do curso, na verdade, é só o começo, porque depois do curso você tem que realmente fazer por merecer ostentar esse brevê, treinando, operando, instruindo. A Polícia em si, já é um sacerdócio, mas com certeza quando você é caveira aumenta ainda mais essa dedicação, você aumenta muito mais essa responsabilidade”, ressaltou o caveira 27 do Coesp/2017.
A primeira edição do Coesp aconteceu em 1996, na época, 50 alunos iniciaram o treinamento e somente 14 conseguiram conquistar o título de caveira.
Fotos: Leandro Freire (AscomAesp)
Fonte: AESP